Pelo Ano de 1956, Prado já era em perspectiva uma freguesia em crescimento rápido e a maior do concelho de Vila Verde. A Igreja Matriz, situada no Lugar da Vila, tornava-se cada vez mais pequena e sem hipótese de ampliação. Foi nesse mesmo ano que nasceu a ideia da construção de uma igreja nova.

A primeira grande ajuda veio da parte do Sr. José Lopes Ferraz que ofereceu o « Campo da Estrada e baldio anexo». A extensão do terreno oferecido e reservado à igreja e seus anexos era avantajada. O projecto foi confiado ao Arquiteto Orlando Silva que o apresentou à Comissão de Obras a 2 de Julho de 1956 para ser apreciado e aprovado. Era uma igreja com a respectiva Cripta, de grandes proporções e para tempo, muito superior às possibilidades da Paróquia. Orçava então toda a obra devidamente acabada, em 2 020 000$00. Com o optimismo de uns e o cepticismo de outros, foi aprovado 9º projecto. Um Senhor brasileiro, António Joaquim Rodrigues Loureiro, ofereceu logo 100 contos (dinheiro na altura da construção, de cinco casas).

A primeira grande festa celebrou-se em 9 de Novembro de 1957, com bênção da primeira pedra ‘pelo então Arcebispo de Braga D. António Bento Martins Júnior.

O abrir dos caboucos para a Cripta da Igreja Nova foi um trabalho lento e dispendioso: gastaram-se os 100 contos e ainda se teve de recorrer a um empréstimo de 80 para completar os alicerces. Em 15 de Dezembro de 1959 realizou-se um grandioso cortejo de que ainda hoje se fala, que rendeu 23 202$00, mas a dívida obrigou a pagar as obras que só seriam retomadas em 1961. Em 19 de Março de 1962 inaugurou-se a Cripta, onde passou a haver missa dominical. As obras da Igreja Nova continuaram lentamente e de harmonia com as possibilidades, até 30 de Agosto de 1986, ano em que foi inaugurada solenemente pelo Arcebispo D. Eurico Dias de Nogueira e dedicada a Nossa Senhora da Purificação.